Estátua e nome de horta didática homenageiam professora Ana Kaciara Wildner

INSTITUCIONAL Data de Publicação: 21 fev 2025 17:07 Data de Atualização: 28 fev 2025 11:42

Quem chega ao Câmpus Florianópolis-Continente do IFSC agora é recebido por uma simpática estátua de argila no estilo “maricotinha”, ou seja: inspirada na maricota, personagem do boi-de-mamão, manifestação cultural típica do litoral catarinense. A obra homenageia Ana Kaciara Wildner, que foi professora de espanhol no câmpus entre 2008 e 2018 (ano em que faleceu), e agora dá nome à horta didática localizada logo ao lado da estátua.

A ideia de homenagear Ana Kaciara, falecida aos 35 anos em decorrência de câncer, veio da Comissão de Gestão Socioambiental do câmpus, que mantém a horta didática. “É uma homenagem pelo trabalho que ela fez no câmpus e pelas boas memórias que ela deixou”, conta o professor Luiz Otávio Cabral, integrante da comissão. Anteriormente, a horta tinha o nome do cientista, naturalista e professor Fritz Müller (1822-1897).

A estátua de aproximadamente um metro de altura foi esculpida pela ceramista Raquel da Silva de Souza, moradora do bairro José Mendes, em Florianópolis, e integrante do Coletivo Tekoá, uma associação de turismo de base comunitária (TBC) que surgiu a partir do Programa de Educação Patrimonial e TBC do Câmpus Florianópolis-Continente. Ela teve o apoio das professoras aposentadas do câmpus Ângela Faria Brognoli e Claudia Hickenbick, que participam de oficinas de escultura em argila ministradas por Raquel.

Raquel esculpiu o rosto da estátua com base em fotos e em descrições de detalhes do rosto de Ana Kaciara que os professores do câmpus passaram para ela. “Eu já tinha feito algo parecido, mas com imagens de santos. Foi a primeira vez que fiz uma estátua inspirada em uma pessoa. Foi legal, porque eu não conheci a Ana Kaciara, mas pude perceber como ela foi importante aqui pro câmpus”, comenta a ceramista.

A mãe de Ana Kaciara, Maria Lúcia Antunes, de 65 anos, fez uma viagem de 950 quilômetros desde Foz do Iguaçu (PR), onde mora hoje e onde a professora viveu antes de ingressar no IFSC, até Florianópolis para participar da homenagem, realizada na manhã de sexta, 21 de fevereiro. Ela conta que a sua única filha adorava alimentos a base de plantas - como bolinho de espinafre, salada de alface, sopas e chás - e que batizar a horta com o nome de Ana Kaciara tem “tudo a ver com ela”. “A geladeira da casa dela era um matagal”, brinca. 

A horta didática fica na entrada do câmpus e tem diversos tipos de plantas alimentícias não-convencionais (PANCs).

-> Saiba mais sobre a horta didática do Câmpus Florianópolis-Continente

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